Luciano Silva de 55 anos é um socorrista do SAMU de Mossoró, no Oeste Potiguar, ele está a quase dois meses afastado da esposa e dos filhos para não correr o risco de serem contaminados com coronavírus.
Esta situação de isolamento, tem desenvolvido um quadro de depressão em Luciano, que está há tanto tempo afastado da família. Luciano está há 15 anos no serviço de atendimento móvel de urgência, além de socorrista Luciano dá palestras sobre a COVID-19, nas escolas e instituições.
Antes do primeiro caso ser confirmado no Rio Grande do Norte, Luciano juntamente com a esposa, decidiram que era melhor ele estar morando em um apartamento próximo da casa, devido as possibilidades de contato, pois ele lida com pacientes o tempo todo e o contágio com coronavírus é sempre eminente.
Ele se afastou, mudou para um apartamento próximo e passou a ver o filho somente em vídeo chamada, Luciano tem dois filhos, Arthur Gabriel de 13 anos e Yanni de nove, eles estão com a mãe.
Luciano disse que a sua rotina é do apartamento para o trabalho, as atividades foram restringidas e a hora de lazer é somente quando liga para família.
Devido a esse isolamento, estar longe da esposa e dos filhos, ele começou a desenvolver um quadro depressivo, com quase dois meses afastado da família ele procurou uma solução para diminuir a saudade, se mudou para a casa da mãe que fica em frente à dele, assim ele consegue mesmo que de longe, ver os dois filhos.
A mãe de Luciano está com 88 anos de idade, para protegê-la, ele se isolou em um quarto, os dois não se aproximam e usam máscara a maior parte do tempo.
O socorrista trabalha 24 horas e folga 72, no momento de folga ele chega até o portão para ver os filhos, mas toda essa situação está o deixando abatido, apesar de agora poder ver os filhos, mas sabe que isso é o melhor a ser feito e tem fé que tudo vai passar.
Mossoró possui 400 casos confirmados, de COVID-19, mais de 2.000 suspeitos e já foram 8 mortes no município.
Via: g1.globo.com