Você já se perguntou porque a decepção dói tanto? Dizem, que esse sentimento forte, essa dor imensa, é causada por vir de pessoas que jamais imaginamos que um dia causaria uma decepção tão grande. Mas afinal, o que é decepção e porque ela dói tanto?
Decepção, palavra originada do latim ‘deceptio’, tem como significado engano, dolo ou empulhação. Um sentimento profundo de tristeza, frustração e descontentamento, causado por algo inesperado e ruim, como uma desilusão, um descontentamento ou desapontamento.
A decepção causa dores profundas, é um sentimento amargo, com o qual nosso corpo e mente, têm dificuldades em aceitar e digerir. Ninguém está imune a se decepcionar, não tem como causar um bloqueio para não se ferir, decepções estão presentes em nossas vidas, faz parte do nosso ciclo de crescimento pessoal e amadurecimento.
Por vezes as decepções podem ser mais amenas, outras mais severas, mas inevitavelmente, todas as decepções deixam cicatrizes, interferindo nosso equilíbrio, resultando na somatização de enfermidades, como enxaqueca, tensão muscular, angústias e mágoas, entre outras. Criamos expectativas relacionadas a pessoas, situações e até objetos, quando não alcançamos o ideal formado em nosso psicológico, nos decepcionamos.
Não se pode permitir que esse sentimento, de engano e/ou dolo, desenvolva uma desconfiança generalizada, para que você não tenha que viver o tempo todo em um estado defensivo.
Grande parte das decepções, são causadas por relacionamentos pessoais, amoroso, ou de amizades, depositamos expectativas altas no amor, e quando não correspondido a altura nos frustramos, aprenda a viver sem cobrar seu parceiro, afinal, cada um tem seu jeito individual de demonstrar afeto, uns abundantemente outros discretamente. Na amizade, podemos enfrentar decepções com atitudes, falta de respeito, mentiras.
Tudo isso é reflexo de uma sociedade hipercompetitiva, que tornou banal a desilusão e o sofrimento, como uma marca representando nosso modo de viver. De acordo com o filósofo Gilles Lipovetsky, sociedade da decepção, que desenvolve uma camada de ansiedade, onde o conceito de felicidade se baseia em uma condição paradoxal, onde o bem-estar e o mal-estar, dividem espaço.
Analisando fatos, percebemos que as decepções, não ocorrem repentinamente, de surpresa. Existem sinais claros, mas, preferimos ignorá-los e percorrer o caminho mais fácil, sustentando a ilusão, subindo alto, aumentando a altura da queda.
Entendemos o quanto é difícil viver nesta sociedade, porém, não podemos fechar as portas e ignorar novas oportunidades, assim como também não podemos culpar terceiros, por nossa própria ingenuidade e falsa expectativa. Em casos onde a decepção se tornou crônica e patológica, é preciso buscar ajuda profissional, a psicoterapia pode ser indicada.
É preciso estar sempre consciente, de que as pessoas com as quais nos relacionamos podem falhar, podem não alcançar nossas expectativas, assim como nós, eu e você, não somos imunes a erros e falhas, também podemos decepcionar os outros que estão ao nosso redor. Já dizia o filósofo Jean Paul-Sartre, “todo sonhador está condenado a viver um grande número de decepções”.
Via: oamor.com.br